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Zahi Hawass

maio 14, 2009

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Zahi Hawass, arqueólogo egípcio,no mês de abril deste ano, disse ter decoberto a tumba da rainha Cleópatra.

NUM INTERVALO…

Ninguém é preciso

Numa escola, em que os professores sempre trabalham em harmonia, acontecem debates interessantes no intervalo, até hoje. É um prazer para muitos elogiar aquele aluno que se destaca. Nesses momentos, o profissional vislumbra o futuro do aluno:
_ Essa Albertoni , se continuar assim em Matemática, vai ser uma grande profissional. Aquele Peperonatti será um bom médico, já que é isso que almeja.
Isso é sinal de que os arautos das matérias preocupam-se com os não iluminados.
Acontece que um mestre acompanhou com afinco um aluno, que considerava discípulo, do 6º Ano até o Ensino Médio, antes de ingressar na faculdade. Impressionava-se com a dedicação do jovem, que, inclusive, ajudava seus colegas nas horas ociosas. O mestre? Vislumbrando o futuro engenheiro em mecatrônica. Não conheceu outro aluno igual nos anos laboriosos que ministra aulas.
Sempre incentivando o garoto, fazia questão de conversar com os pais que, satisfeitos, sentiam orgulho.
O que o educador não percebera, na ânsia de valorizar a sua área, é que o aluno, apesar da dedicação, mostrando um QI elevado, interessava-se também por outra matéria. Dado à área de humanas, adorava História e dedicava-se, lendo e imaginando civilizações antigas. Não havia tribo européia, americana ou asiática que não conhecesse. Seu quarto era abarrotado de livros, documentário de história e filmes épicos
O exato mestre ficou muito infeliz quando soube da escolha de curso do querido “pupilo”. Este não pensava em ser apenas historiador, mas também antropólogo e arqueólogo.
Tempo depois, formado e especializado, o agora mestre apanha-se numa nova descoberta que pode acrescentar mais à história egípcia. Encontrou, com Zahi Hawass e equipe, a possível tumba, que ainda era um mistério, de Cleópatra – com certeza uma rainha que tinha um grande conhecimento e apelava para sensualidade também.
Renomado agora, em evidência, fala sobre a descoberta e elogia um professor antigo, empenhado em ministrar aulas, de quem absorveu o quanto pode o conhecimento. Foi através do empenho nas exatas que o historiador pôde precisar a grande descoberta.

R.I.P. FÁBIO L.

maio 13, 2009
Disco You do Second Come

Disco You do Second Come

Faleceu na segunda-feira, 11 de maio, Fábio Leopoldino,  guitarrista da banda Second Come. Fábio tinha 46 anos e teve um infarto fulminante. Era  músico e desenhista.

Na década de 90 o “Second Come” era a principal banda independente do Brasil. Foi lançada pelo selo Rock it! do Dado da Legião e do André X da Plebe Rude.

FIM DO OASIS

maio 12, 2009

Pode acreditar, depois dessa turnê o Oasis vai acabar. Os shows foram na trave, Liam está sem gás segundo a crítica. Mas “Dig out your soul” é um discaço! Isso é.
B.

HONEY’S DEAD

maio 9, 2009

I WANNA DIE JUST LIKE JFK
I WANNA DIE IN SUNNY DAY

Em 1992, o Cure lançara o Wish, álbum duplo que contém Friday I’m Love. Sucesso naquela época grunge que vivenciei e adorei. Em Formiga, o disco não havia chegado, mas estava a fim de comprar e sair na frente. Com pouca grana, resolvi ir a Divinópolis pelo São José. Não lembro do nome da loja, mas era muito conhecida. Havia ligado antes também para saber se havia chegado o disco. Sim. Estava lá me esperando.

Depois de descer ainda na antiga rodoviária, acho que a loja ficava na Goiás, fui direto comprar o vinil duplo. Pedi o vendedor para embrulhá-lo. Ele deixou em cima do balcão e começou a mostrar outros álbuns conforme ia perguntando se havia. E o que vejo na prateleira: o Honey’s dead do Jesus. Encontro também um das antigas: Heaven up here, do Echo & the Bunnymen. Havia levado apenas a grana do Wish.

Quando voltamos para o balcão… onde está o disco? Não está comigo! – falei. Cara, roubaram o disco! – ele me disse. Puts, que foda… era o único exemplar!! Resultado: levei o Honey’s dead e o Heaven up here para casa. E, sinceramente, fiquei muito satisfeito com a compra. Tão satisfeito que não demorou para a faixa “Cathfire” arranhar. E a MTV, na época, tocava Almost Gold e Far Gone And Out direto. Bons tempos. Sou tiozão…

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OASIS

maio 9, 2009

Oasis está no Brasil para uma série de 4 shows. A banda mexe com a mídia que, vez em quando, satiriza os Galleger e cia. Olha uma das charges de Arnaldo Branco que saiu no porta G1.

Imagem do G1

Imagem do G1

SPOTIFY

maio 8, 2009

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As gravadoras encontraram um jeito de trabalhar música na net. E isso foi possível graças ao Spotify. O programa é um serviço de música com rede social. Dizem ter a organização do iTunes, a flexibilidade do Pandora e a funcionalidade do LastFM.

Ele toca instantaneamente o que você quer ouvir. Possibilita o usuário criar listas e compartilhar com os amigos. Mas ainda não está disponível no Brasil.

spotify

O serviço criou uma onda de otimismo na indústria e o  Spotify assinou contrato com as principais gravadoras e selos do planeta. Dá para encontrar quase tudo lá. Algumas bandas independentes, muito obscuras, ainda não estão dentro, mas isso não vai demorar a acontecer. Digo isso pela propaganda de praticidade do software.
Existem os dois  sistemas: o gratuito e o pago, com custo de 9,99 libras por mês. Se comparado aos downloads free, é uma boa para as gravadoras.

Quem quiser testar o software, que ainda é beta,  é só entrar aqui. Só hoje foram postado 5,900 novas músicas com um total de 484 novos albuns e singles, segundo o blog do spotify.

Essa pode ser também uma saída para os artistas ganharem um dindim para prodizir seus próximos trabalhos.

B.

WILCO

maio 6, 2009

Acho que estou com problemas. Cada dia que passa fico mais fã dessa banda.

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Sobre a efemeridade das mídias

maio 6, 2009

Umberto Eco
No encerramento da Escola para Livreiros Umberto e Elisabetta Mauri, em Veneza, falamos, entre outras coisas, sobre a efemeridade dos suportes da informação. Foram suportes da informação escrita a estela egípcia, a tábua de argila, o papiro, o pergaminho e, evidentemente, o livro impresso. Este último, até agora, demonstrou que sobrevive bem por 500 anos, mas só quando se trata de livros feitos de papel de trapos. A partir de meados do século 19 passou-se ao papel de polpa de madeira, e parece que este tem uma vida máxima de 70 anos (com efeito, basta consultar jornais ou livros dos anos 1940 para ver como muitos deles se desfazem ao ser folheados).

Portanto, há muito tempo se realizam congressos e se estudam meios diferentes para salvar todos os livros que abarrotam nossas bibliotecas: um dos que têm maior êxito (mas quase impossível de realizar para todos os livros existentes) é escanear todas as páginas e copiá-las para um suporte eletrônico.

Mas aqui surge outro problema: todos os suportes para a transmissão e conservação de informações, da foto ao filme cinematográfico, do disco à memória USB que usamos no computador, são mais perecíveis que o livro. Isso fica muito claro com alguns deles: nas velhas fitas cassete, pouco tempo depois a fita se enrolava toda, tentávamos desemaranhá-la enfiando um lápis no carretel, geralmente com resultado nulo; as fitas de vídeo perdem as cores e a definição com facilidade, e se as usarmos para estudar, rebobinando-as e avançando com frequência, danificam-se ainda mais cedo.

Tivemos tempo suficiente para ver quanto podia durar um disco de vinil sem ficar riscado demais, mas não para verificar quanto dura um CD-ROM, que, saudado como a invenção que substituiria o livro, saiu rapidamente do mercado porque podíamos acessar online os mesmos conteúdos por um custo muito menor. Não sabemos quanto vai durar um filme em DVD, sabemos somente que às vezes começa a nos dar problemas quando o vemos muito. E igualmente não tivemos tempo material para experimentar quanto poderiam durar os discos flexíveis de computador: antes de podermos descobrir foram substituídos pelos CDs, e estes pelos discos regraváveis, e estes pelos “pen drives”.

Com o desaparecimento dos diversos suportes também desapareceram os computadores capazes de lê-los (creio que ninguém mais tem em casa um computador com leitor de disco flexível), e se alguém não copiou no suporte sucessivo tudo o que tinha no anterior (e assim por diante, supostamente durante toda a vida, a cada dois ou três anos), o perdeu irremediavelmente (a menos que conserve no sótão uma dúzia de computadores obsoletos, um para cada suporte desaparecido).

Portanto, sabemos que todos os suportes mecânicos, elétricos e eletrônicos são rapidamente perecíveis, ou não sabemos quanto duram e provavelmente nunca chegaremos a saber. Enfim, basta um pico de tensão, um raio no jardim ou qualquer outro acontecimento muito mais banal para desmagnetizar uma memória. Se houvesse um apagão bastante longo não poderíamos usar nenhuma memória eletrônica.

Mesmo tendo gravado em meu computador todo o “Quixote”, não o poderia ler à luz de uma vela, em uma rede, em um barco, na banheira, enquanto um livro me permite fazê-lo nas piores condições. E se o computador ou o e-book caírem do quinto andar estarei matematicamente seguro de que perdi tudo, enquanto se cair um livro no máximo se desencadernará completamente.

Os suportes modernos parecem criados mais para a difusão da informação do que para sua conservação. O livro, por sua vez, foi o principal instrumento da difusão (pense no papel que desempenhou a Bíblia impressa na Reforma protestante), mas ao mesmo tempo também da conservação.

É possível que dentro de alguns séculos a única forma de ter notícias sobre o passado, quando todos os suportes eletrônicos tiverem sido desmagnetizados, continue sendo um belo incunábulo. E, dentre os livros modernos, os únicos sobreviventes serão os feitos de papel de alta qualidade, ou os feitos de papel livre de ácidos, que muitas editoras hoje oferecem.

Não sou um conservador reacionário. Em um disco rígido portátil de 250 gigabytes gravei as maiores obras-primas da literatura universal e da história da filosofia: é muito mais cômodo encontrar no disco rígido em poucos segundos uma frase de Dante ou da “Summa Theologica” do que levantar-se e ir buscar um volume pesado em estantes muito altas. Mas estou feliz porque esses livros continuam em minha biblioteca, uma garantia da memória para quando os instrumentos eletrônicos entrarem em pane.

PS: PEGUEI DO RODRIGO JAMES QUE PEGOU DE ALGUÉM.

B.

DOWNLOAD X ART

maio 4, 2009

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Foto da matéria de Mark Beaumont

Um repórter do The Guardian, Mark Beaumont, enfiou os pés pelas mãos. Numa matéria sobre as perdas de lucros pelos grandes músicos, em função da crise econômica e o “downloading” de música  pela net, Mark colocou dizeres de Robert Smith na matéria sem entrevistá-lo e o pior, sem ter idéia do posicionamento do vocalista do Cure sobre download de música. O resutado pode ser visto no site do The Cure e no The Guardian.

Robert Smith, a pouco tempo, abriu uma discussão sobre o download grátis na internet. “Com o meu inglês perfeito”, entendi que a preocupação era com o valor artístico e o valor do artista. O quanto o artista gasta para fazer música e o quanto a arte vale. Mas há empresas de “hosting”  que ganham no hospedar o arquivo. Ou seja, sempre tem alguém ganhando. Na minha casa é, no mínimo, a Central Eletrica de Minas Gerais – CEMIG.

Mr. Robert foi criticado com dizeres “Robert está muito velho para discutir arte conteporânea”. Achei a crítica muito sem noção. Acho legal e saudável esssas discussões. No mês passado, Lemmy Kilmister, vocalista do Motorhead disse: _Se você baixa minhas músicas da internet, saiba que você me deve!

Há, no mundo acadênico, um boato sobre a internet ser “beta”. Segundo alguns estudiosos do mundo digital, ela está em fase de testes e apartir da década futura não haverá nada grátis nela. Pode ser!

Confesso que baixo música na internet. Não paguei nada pelo disco do Radiohead, mas paguei um absurdo pelo show. Se é beta ou não, gosto da anarquia da internet, onde de frente ao teclado, mouse e monitor  somos todos iguais. Isso abre discussões e nos fazem pensar sobre o mundo corporativo e virtual que vivemos.

B.

THE GREATEST INDIE ALBUM OF ALL TIME!

maio 4, 2009

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O New Music Express começou uma votação para saber qual o melhor album independente de todos os tempos. Quem vota é o leitor! Segue, em primeiro lugar, o Sonic Youth com Daydream Nation, seguido por Disintegration do The Cure.

Vai lá e confira.